MP-SP pede paralisação imediata de obras na Linha 2-Verde do Metrô por risco a moradores

  • 20/09/2025
(Foto: Reprodução)
Ministério Público apura denúncias de moradores que relatam prejuízos com obra do Metrô O Ministério Público de São Paulo recomendou a paralisação imediata das obras de expansão da Linha 2-Verde do Metrô, no trecho entre Vila Prudente e Dutra, nas fases 1 e 2. A medida foi tomada na quarta-feira (17) pela Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da capital. O parecer também fala sobre a suspensão dos contratos firmados com os consórcios responsáveis, por prazo indeterminado. A Justiça de São Paulo ainda não se manifestou sobre o pedido. Segundo o documento, “os imóveis localizados no entorno das escavações das estações [...] vêm sofrendo sérios danos estruturais, colocando em risco a integridade física de seus moradores, a ponto de terem que abandonar suas residências”. O promotor Moacir Tonani Junior destacou que representantes do próprio Metrô apontaram que a passagem do equipamento conhecido como “Tatuzão” pode agravar os problemas. Famílias retiradas de forma abrupta A recomendação aponta que moradores vêm sendo removidos de suas casas “de forma sorrateira, açodada e por tempo indeterminado", sendo levados a quartos de hotéis "que sequer conhecem as acomodações e a localização, tendo assim alterarem por completo" o modo de vida. O documento também critica a falta de comunicação prévia adequada, afirmando que “a comunicação aos moradores acerca da necessidade de serem retirados do local, tem sido feita sem antecedência razoável e à critério único dos responsáveis pela obra”. Além disso, os imóveis desocupados estariam ficando “abandonados, à mercê de deteriorações, saques, refúgio de criminosos e usuários de drogas e, portanto, sofrendo depreciação, trazendo assim prejuízo financeiro aos seus proprietários”. Indenizações insuficientes O Ministério Público afirma ainda que os responsáveis pelas obras “não têm a contento reparado os estragos provocados” e que os proprietários estariam sendo “praticamente obrigados a aceitarem a título de reparação de dano e lucros cessantes, valores aquém do mercado a título de reparação dos danos suportados”. Para o promotor, a situação tem trazido prejuízos “financeiros, morais e à saúde dos moradores”. O que diz o Metrô Em nota, o Metrô de São Paulo afirmou que vai prestar todos os esclarecimentos ao Ministério Público e destacou a importância da obra, que emprega 6 mil pessoas e deve beneficiar diretamente 400 mil passageiros por dia. A Companhia disse que mantém centrais de atendimento aos moradores impactados e oferece suporte como aluguel de moradias ou hotéis, locação de garagens e hospedagem de animais de estimação, além de espaços de coworking para quem trabalha remotamente. Segundo o Metrô, são feitas vistorias técnicas regulares nos imóveis próximos às obras, e moradores são realocados sempre que há identificação de risco. A empresa disse também que realiza reparos nos imóveis afetados e garante o retorno dos moradores com segurança, ou o ressarcimento dos valores, quando necessário. Investigação do MP O Ministério Público (MP) passou a investigar as obras após moradores denunciarem rachaduras em casas na região da Vila Formosa, na Zona Leste. Segundo os moradores da Rua Plácido de Castro, as casas estão com rachaduras e algumas delas foram interditadas há mais de três anos. O relatório do MP quer saber quando as moradias serão liberadas aos moradores ou se eles serão indenizados. Com investimento de R$ 13,3 bilhões do governo estadual, a obra vai expandir a linha da Vila Prudente até a Penha. O projeto prevê 9 nove estações até a Penha: quatro na primeira fase e cinco, na segunda. Com investimento de R$ 13,3 bilhões do governo estadual, a obra vai expandir a linha da Vila Prudente até a Penha. O projeto prevê 9 nove estações até a Penha: quatro na primeira fase e cinco, na segunda. Reprodução/TV Globo Em 2022, a TV Globo mostrou que alguns moradores já reclamavam das rachaduras, que começaram a aparecer na época. Hoje, três anos depois, há imóveis com rachaduras que vão do chão até o teto e estão em toda a parte das casas. Segundo os moradores, a situação se agravou após a passagem do "tatuzão", equipamento que faz a escavação dos túneis do metrô na cidade de São Paulo, em novembro de 2024. Outra moradora ficou do lado de fora da própria casa após as rachaduras. O imóvel foi interditado por apresentar riscos após os problemas na estrutura e, após a interdição, passou a usar uma estrutura de ferro para segurar as paredes (veja vídeo acima). Em nota, o Metrô disse que respondeu os questionamentos do Ministério Público no prazo legal, e que um mapeamento realizado pela equipe técnica identificou que 55 imóveis sofreram impactos diretos e as famílias foram remanejadas. Além disso, afirmou que fez o reparo em duas casas e indenizou três famílias. O Metrô não disse quando a expansão da linha será concluída. Segundo os moradores da Rua Plácido de Castro, as casas estão com rachaduras e algumas delas foram interditadas há mais de três anos. Reprodução/TV Globo Espuma no 'tatuzão' Uma obra do “tatuzão”, equipamento que faz a escavação dos túneis do metrô na cidade de São Paulo, na Linha 2-Verde causou transtornos na região da Vila Formosa, na Zona Leste da capital paulista. Segundo o relato de moradores, entre as ruas Soldado Ocimar e Engenheiro Cestari, havia uma grande quantidade de espuma líquida, que teria atingido imóveis do entorno. Em nota, o Metrô informou que "a espuma líquida utilizada pela tuneladora das obras da Linha 2-Verde, extravasou pelo solo da rua Soldado Ocimar Guimarães da Silva e em um imóvel nesta via". Disse ainda que "o líquido não oferece perigo e o imóvel já havia sido desocupado temporariamente, de forma antecipada, dentro do plano de mitigação dos impactos da passagem da tuneladora, que garante a segurança de todos. O monitoramento imediato dos trabalhos também atestou a estabilidade do solo, enquanto a via já foi limpa e liberada ao tráfego". Limpeza de área perto da obra em SP Rodrigo Rodrigues/g1 O 'tatuzão' Em 27 de junho, o maior "tatuzão" da América Latina chegou à futura estação Anália Franco e concluiu mais um ciclo de construção dos túneis de ampliação da Linha 2-Verde do Metrô. Com investimento de R$ 13,3 bilhões do governo estadual, a obra vai expandir a linha da Vila Prudente até a Penha. Até a data, a tuneladora Shield tinha percorrido 1,6 km desde o início no canteiro do Complexo Rapadura, retirando 141 mil m³ de terra. Batizada de “Cora Coralina”, a máquina tem capacidade para escavar e revestir até 15 metros por dia, por meio da roda de corte de 11,66 metros de diâmetro. Até 150 pessoas trabalham diretamente na operação, que ocorre em três turnos diários, envolvendo engenheiros, mecânicos, técnicos e eletricistas, por exemplo. Exclusivo: g1 visita o maior tatuzão da América Latina, em SP

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/09/20/mp-sp-pede-paralisacao-imediata-de-obras-na-linha-2-verde-do-metro-por-risco-a-moradores.ghtml


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