'Efeito funil' e ventos impedem escoamento das águas no RS; entenda

  • 04/05/2024
(Foto: Reprodução)
Guaíba recebe águas dos rios Caí, Jacuí, Pardo, Taquari, Sinos, Gravataí, entre outros. Vento que sopra do sul represa água e impede que fluxo siga em direção à Lagoa dos Patos e ao Oceano Atlântico. Fim de semana será de mais chuva no Sul do país O Rio Grande do Sul enfrenta fortes chuvas desde o início desta semana, com 39 mortos e 68 desaparecidos, e registra inundações em várias regiões. Após cinco dias de temporais, as águas não baixam, o que é atribuído, principalmente, a dois fatores: um "efeito funil" e a direção dos ventos, que dificultam o escoamento dos rios para o mar (veja no vídeo acima). O nível do Guaíba, em Porto Alegre, passou de 4,6 metros nesta sexta-feira (3). É a maior marca desde a enchente histórica há 83 anos, quando o rio chegou a 4,76, em 1941. A cota de inundação é de 3 metros na região do Cais Mauá. Entenda em dois pontos por que as águas não baixam: Bacias formam "funil": ainda há muita água escoando das bacias dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Gravataí, Sinos. Essas bacias "jogam" suas águas para o Guaíba, na capital, formando uma espécie de funil que retém as enchentes e atrapalha a saída para o mar. Ventos: somado a isso, os ventos estão soprando no sentido sul do litoral para o continente, empurrando a água da Lagoa dos Patos no sentido contrário, o que contribui com as inundações no Guaíba. O meteorologista Guilherme Borges, da Climatempo, explica que o vento represa as águas que seguiriam em direção à Lagoa dos Patos e ao Oceano Atlântico. "Quando o vento sopra de sul muito forte, ela faz com que a água seja empurrada e eleva o nível das bacias do Vale do Taquari e outras bacias que rodeiam Porto Alegre", diz. VÍDEO: imagens aéreas mostram ruas alagadas Vista aérea da enchente do Rio Guaíba, que atinge a cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira (3). Miguel Noronha/Estadão Conteúdo O especialista diz que a situação segue preocupando para os próximos dias. "A preocupação é que, nos próximos dias, o vento siga soprando de sul e siga mantendo o nível dos rios elevados. Preocupa também as outras áreas do estado, outras áreas das regiões que rodeiam a Lagoa dos Patos", comenta Borges. Cheia em Porto Alegre A Defesa Civil colocou a maior parte das bacias hidrográficas do estado com risco de elevação das águas acima da cota de inundação. Municípios afetados somam R$ 275,3 milhões em prejuízos Entenda diferença entre os quatro desastres em um ano no RS Azul, Latam e Gol cancelam voos em Porto Alegre Bacias hidrográficas com risco de inundação severa no RS Defesa Civil/Divulgação Temporais no RS Além dos 39 mortos e 68 desaparecidos, o RS registra 74 pessoas feridas. Conforme o boletim mais recente da Defesa Civil, 32 mil pessoas estão fora de casa, sendo 8.168 em abrigos e 24.080 desalojados, na casa de familiares ou amigos. Ao todo, 265 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 351.639 pessoas. Eduardo Leite diz que números 'ainda podem mudar' O estado tem quatro barragens em situação de emergência. Isso significa que elas apresentam risco de rompimento iminente, segundo o governo do estado. Na quinta (2), o governo federal reconheceu o estado de calamidade no Rio Grande do Sul. Diferente de 2023, quando a chuva foi isolada em algumas regiões – como o Vale do Taquari –, desta vez, o impacto ocorre sobre todo território gaúcho. O cenário é considerado severo nas bacias dos rios Caí, Pardo, Jacuí, Sinos, Gravataí, além do Guaíba, em Porto Alegre. VÍDEOS: Tudo sobre o RS

FONTE: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2024/05/04/efeito-funil-e-ventos-impedem-escoamento-das-aguas-no-rs-entenda.ghtml


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